As Benevolentes, de Jonathan Littell: variações sobre o tema do mal
Palavras-chave:
As Benevolentes, mal, Oresteia, perversão, pulsão de morteResumo
Neste artigo é apresentada uma reflexão acerca da representação do mal na obra As Benevolentes, de Jonathan Littell, a partir de uma leitura psicanalítica. A reflexão é feita através de variações sobre o tema: o mito de Orestes (que remete para o matricídio), a natureza perversa do herói (pelo incesto), a obediência à autoridade (relacionada com o conceito de banalidade do mal) e a pulsão thanática (que move o desejo de morte). Em pano de fundo, estão as conceptualizações do psicanalista André Green, acerca do narcisismo negativo, e do sociólogo KlausTheweleit, acerca do soldado-não-completamente-nascido, que permitem uma maior compreensão dos processos psicológicos do herói.